sábado, 12 de novembro de 2011

Cinzas...



Isso não passa de um caso
Que por acaso me trás um cansaço
Te faz parecer um tanto chato
Não passamos de um romance barato
Eu olho o que restou
E olho sem ter dó
Olho o que sobrou de nós
E, baby, agora você está só
Somos a cinza daquilo que queimava na gente
Ardente, contente
Na gente que não existe mais
Passado que passou, não volta
Não anda pra trás


Mylena Viana

sábado, 8 de outubro de 2011

Porta do Coração!


Eu entendo que não queira deixar sua porta aberta,
mas se eu puder fazer um pedido:
- Não tranque-a com chave!
Porque caso eu bata e peça pra entrar,
quero ficar segura de que não vai demorar muito pra abrir.

Capitolina Pinheiro

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Eu Preciso!

Preciso de você porque te amo.
Preciso de você pra me fazer inteira, me fazer mulher.
Preciso de você pra ser sozinha e me habitar na solidão infinita da nossa intimidade.
Preciso de você pra enxergar no reflexo do espelhoo oceano complexo do meu íntimo.
Preciso de você pra te querer. Preciso de você pra me encontrar.
Para o tudo ou para o nada, no início ou fim da estrada.
Preciso de você no inverno, e até mesmo no inferno.
Preciso de você latejando de prazer dentro do meu corpo, quente, molhado.
Preciso de você pra me mostrar que a felicidade não é a mais remota utopia.
Vem comigo, me arrepia... me judia o dia inteiro. Todo dia!

Capitolina Pinheiro

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Os Opostos Se Atraem?


Ouço desde pequena, por todos os cantos, uma ladainha infinita que diz assim:
“Tudo que começa mal, termina mal.”
Desculpa, mas eu discordo pelo seguinte motivo:
Eu e meu amor nos conhecemos em uma roda de samba (eu odeio pagode), ele derrubou um copo de cerveja na minha blusa nova, e riu depois de ver a minha cara de desespero. Coincidentemente ele era o melhor amigo do meu primo, e desta forma nos aproximamos.
Eu odiava cheiro de cigarro, e ele fumava dois maços por dia; eu era fã do Sebastian Bach e ele tinha aversão a música clássica. Eu tocava piano, e ele cavaquinho.
Eu fazia Cinema na PUC e ele trabalhava numa locadora do centro. Ele tinha três cachorros e dois gatos, e eu tinha alergia a pelo de animais.
No fim de semana eu preferia ir pro sítio, mas ele não abria mão de pegar onda.
Ele ama o sol, eu adoro a neve; ele assiste futebol, eu odeio coisa bege.
Ele ama um bom churrasco, eu sou vegetariana
ele gosta no chão, eu prefiro na cama.
É... não sei, mas se isso não anula aquele velho ditado, eu acho muito mais plausível deixar de lado a sociologia das ladainhas e acreditar verdadeiramente na ciência, e na lei que rege o universo“Os opostos se atraem!”.

Capitolina Pinheiro

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Introspecção

Sabe aquele dia que você acorda molinha, carente e precisando de alguém pra levar café na camaEntão, eu tô assim hoje. Não estou magoada com nada, pelo contrário, minha vida vai muito bem, obrigada, mas bateu um vento forte de angústia com cheiro de solidão, que me deixou meio murchinha.
Não é falta de namorado, afinal sou muito bem resolvida quanto a isso; meu círculo de amizade anda as mil maravilhas, e eu estou razoavelmente realizada comigo mesma...
Por isso, a princípio, não há nada que justifique meu estado de espírito febril.
Então, me preocupei: imaginei estar sofrendo de depressão, sei lá. Porque, por algum motivo, todos nós fomos educados com a ideia de que é proibido ficar triste, e que temos de ser um poço de simpatia a qualquer hora, não importa o que aconteça.
Entretanto a Martha Medeiros vem explicar uma tal de “A Tristeza Permitida”, onde ela defende que a tristeza não é uma doença contagiosa, uma anomalia do humor, nem nada nesse sentido; é tão normal quanto a euforia da felicidade. E por muitas vezes, esse momento de recolhimento é imprescindível, para que façamos reflexões sobre nós mesmas, nossas escolhas, ambições e prioridades.
Tem horas que o silêncio fala mais que mil palavras” (isso é fato).
     Tá bom. Aceito, assim, de bom grado, a introspecção da minha alma.
Farei dela uma oportunidade de meditação, descanso e conhecimento interno.
Acho que tá na hora de um bate papo, tipo: Eu comigo mesma... pra pôr as coisas no lugar. Daqui a pouco eu volto a tona, com força total, nesse mundo de correria, sorrisos e relatórios para o dia seguinte.

Capitolina Pinheiro

terça-feira, 2 de agosto de 2011

"Sozinha a dois"

Meu amor, você sempre soube que coragem é meu sobrenome, e agora, mais do que nunca, vai entender que eu não blefava quando dizia que um dia eu ia sair pela porta sem olhar pra traz. Desculpa, mas não consegui me acostumar com essa vida de estar “sozinha a dois” (se é que me entende).
Quando juntamos nossas malas, eu achei que fossemos juntar também as nossas alegrias, nossos sonhos, decepções e fantasias; eu falo de cumplicidade!
Procurando essa palavra ao teu lado, eu saí da casa dos meus pais. E o problema de não tê-la encontrado é o que me faz, hoje, sair da nossa casa.
Cansei da sua indiferença e da sua frieza, não aguento mais esperar por carinho!
Fora isso, o que mais me dói é admitir que te amo, e lembrar de tudo que eu fiz por nós dois; mas eu me amo também, e não quero ficar em segundo plano; nesse ponto eu concordo com vovóantes só, que mal acompanhada”. Na verdade, pensando bem, eu sempre estive sozinha, e pra mim essa mudança é de dentro pra fora. Já você, por outro lado, não teve a mesma sorte; sua mudança vai ser de fora pra dentro (muito mais dolorida). Primeiro vai ter que aprender a viver sem mim, sentir minha falta, dormir sozinho, até então perceber que eu nunca pedi nada que não fosse meu por direito. Eu só queria ser amada, mais nada.
E aí, quando a solidão derrubar seu ego, e as suas flores chegarem pra mim com um cartão de “Volta pra casa, meu amor”, será tarde demais. Meu peito já terá expulsado você de dentro dele, e sem dúvida, nessa hora, meu orgulho será maior que o meu amor por ti.

Capitolina Pinheiro

sábado, 23 de julho de 2011

Eu te mordo de ciúmes!

Sempre achava ridículo quando você fazia suas ceninhas de ciúmes bobos, mas hoje a ridícula sou eu: Quem é aquela cachorra que anda ligando pra você
É, aquela mesmo, loira com piercing no nariz. Foi ela, quem fez você mudar comigo? 
Sim, porque ultimamente nosso namoro anda tão frio, tão sem carinho, sem beijo. 
Não quero pôr você contra a parede, mas egoísmo é o meu forte para essas coisasNão suporto a ideia de dividir meu homem com outra, muito menos com aquela oxigenada. Peito e bunda eu também tenho, e originais de fábrica, 0% silicone
Quero você todo pra mim, de novo, poxa. 
Sei que vai dizer que ela é só sua amiga e que não há nada demais entre vocês dois... pode ser, mas tem horas que ela rouba sua atenção, seu afeto, seu sorriso, e eu não posso evitar (odeio admitir isso).
    Na verdade não estou duvidando da sua fidelidade, nem do seu amor por mim... no final das contas, tudo isso é só o relato frustrado de uma namorada ciumenta e possessiva que tá carente e dengosa demais, numa TPM maldita que não vai embora.

Capitolina Pinheiro

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Me encontra?


Vem, vem logo. Esquece o que foi, o que fui... É passado.
Vai dizer que você não se derrete todo com aquele meu beijo molhado?
Pra que tanto orgulho e tanta abstinência, se quando a minha saia tá curta demais, eu identifico logo a sua carência
É claro que eu também não vou negar o meu desejo pelo teu corpo, aliás, tô ansiosa pra saber se a minha língua ainda te deixa louco. Fiz uma tatuagem nova, se lhe interessa saber... em que lugar? Ah, deixa pra lá, você não vai acreditar se não vier pra ver.
    Bom, se tiver tido a coragem de ler este bilhete até o final, me encontre às nove, na margem da estrada do terminal.
Tô morrendo de saudade do meuau-au.
Não prometo perfeição
mas vai ser sensacional.
Pode crer, cachorrão,
Sexo animal!


Capitolina Pinheiro

terça-feira, 5 de julho de 2011

Quer? Tem


Ok, você pode ir, tá tudo bem. Fui eu mesma quem disse pra você uma vez que ninguém é dono de ninguém.
Não te prendo nem faço pirraça, mesmo sabendo que vai ser uma desgraça sobreviver sem sua barba, sua sarda, sua boca amarga... 
Só não esquece aqui, de novo, sua jaqueta e seu maço de cigarro, porque se voltar pra pegar, eu não prometo que não te agarro
 - A porta tá aberta, pode sair, mas se o frio vencer sua coberta... me chame pra dormir?! 
   Sem mais, ficarei sozinha enquanto você não vem, mas se quiser voltar atrás, saiba que comigo é assim... Quer? TEM.

Capitolina Pinheiro

domingo, 3 de julho de 2011

Prefácio

Capitolina: significa epíteto de Vênus.

Vênus:

  • A deusa do amor para os romanos, conhecida como Afrodite pelos gregos, e associada à sétima esfera da Árvore da Vida – Netzach. Ela simboliza desejopaixãosexo e prazer. Vênus procurava o prazer e a satisfação de maneira inconseqüente, mas nem por isso era menos amada pelos outros deuses. De acordo com o mito grego, Afrodite (Vênus) nasceu tão bela e tão desejável, que Zeus casou-a com Hefesto com medo de que os deuses se matassem a fim de conquistá-la. Assim, de maneira irônica, a mais bela e graciosa das deusas casa-se com o mais feio e mal-humorado dos deuses. Vênus mantinha casos com vários outros deuses. Para ela o que importava não era o comprometimento, mas sim o prazer. Ela possuía um olhar vago, os seus olhos eram o ideal da beleza feminina, e possuía um carro puxado por cisnes. Existem duas teorias sobre a origem da deusa. A primeira diz que ela foi gerada pelas espumas do mar dentro de uma espécie de concha, outra afirma que a deusa é filha de Júpiter e Dione. Os romanos se consideravam descendentes de Vênus, já que Eneias, o fundador mítico da raça romana, era filho de Vénus com o mortal Anquises.
  • O mais brilhante dos planetas, com órbita situada entre a de Mercúrio e a da Terra. Como é um planeta inferior, apresenta fazer semelhantes às da Lua, se observado com instrumento de pequeno porte. Não mostra na superfície marcas bem definidas, pois é coberto por atmosfera nebulosa; tem diâmetro aproximadamente igual ao da Terra, da qual dista de 39 a 260 milhões de quilômetros, e revoluciona em torno do sol em 225 dias; a sua rotação axial ainda não é bem conhecida, atribuindo-se-lhe valores situados entre algumas horas e 225 dias.
  • Vésper, estrela da tarde, estrela-d'alva, estrela matutina.
  • Gênero de conchas bivalves.

    Capitolina Pinheiro