quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Introspecção

Sabe aquele dia que você acorda molinha, carente e precisando de alguém pra levar café na camaEntão, eu tô assim hoje. Não estou magoada com nada, pelo contrário, minha vida vai muito bem, obrigada, mas bateu um vento forte de angústia com cheiro de solidão, que me deixou meio murchinha.
Não é falta de namorado, afinal sou muito bem resolvida quanto a isso; meu círculo de amizade anda as mil maravilhas, e eu estou razoavelmente realizada comigo mesma...
Por isso, a princípio, não há nada que justifique meu estado de espírito febril.
Então, me preocupei: imaginei estar sofrendo de depressão, sei lá. Porque, por algum motivo, todos nós fomos educados com a ideia de que é proibido ficar triste, e que temos de ser um poço de simpatia a qualquer hora, não importa o que aconteça.
Entretanto a Martha Medeiros vem explicar uma tal de “A Tristeza Permitida”, onde ela defende que a tristeza não é uma doença contagiosa, uma anomalia do humor, nem nada nesse sentido; é tão normal quanto a euforia da felicidade. E por muitas vezes, esse momento de recolhimento é imprescindível, para que façamos reflexões sobre nós mesmas, nossas escolhas, ambições e prioridades.
Tem horas que o silêncio fala mais que mil palavras” (isso é fato).
     Tá bom. Aceito, assim, de bom grado, a introspecção da minha alma.
Farei dela uma oportunidade de meditação, descanso e conhecimento interno.
Acho que tá na hora de um bate papo, tipo: Eu comigo mesma... pra pôr as coisas no lugar. Daqui a pouco eu volto a tona, com força total, nesse mundo de correria, sorrisos e relatórios para o dia seguinte.

Capitolina Pinheiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário